terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Voluntário
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Salão de artes do MS - imagens
Enquanto dominador da natureza, o ser humano insiste em esquivar-se da sua própria condição de integrante do Reino Animal. Ao se considerar um ser à parte do natural e superior a todas as outras espécies, o homem se enxerga como um manipulador do meio para a satisfação dos próprios interesses e não como dependente do solo, da água, das plantas e dos animais.
No imaginário humano, o meio ambiente pode restringir-se a flora intocada, aos rios de águas límpidas e aos animais selvagens em vias de extinção. Esses espaços são representados como um paraíso perdido, muito distante da nossa realidade, e que precisam ser preservados como um grito agudo e impotente de socorro. Mais uma vez o homem se entende como um ser diferenciado e não compreende que os espaços urbanos, as favelas, a rede de esgoto, os insetos e todos os outros seres que habitam as cidades também fazem parte do meio ambiente.
A obra “Humano é meio ambiente” representa o quanto somos integrantes de um sistema complexo e interdependente. As telas ilustram de maneira crítica e direta o quanto somos perecíveis e estamos cada vez mais distantes da nossa própria natureza animal. Faz-nos refletir sobre nossa presença e ação no mundo e o quanto nossa capacidade de dominação pode nos levar ao caos ambiental e, conseqüentemente, a nossa própria aniquilação. Uma obra em que está latente a cegueira do orgulho humano.